Destaque de engenheiro de campo | Obinna Enemuoh
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Usada por mais de 400 distribuidores de valor agregado (VARs) e integradores de sistemas em todo o mundo, a pioneira tecnologia da ORBCOMM impulsiona soluções inovadoras que lidam com problemas reais nas áreas de agricultura, recursos naturais, petróleo e gás, serviços de utilidade pública e muito mais. Mas isso não é tudo: nossa equipe de engenheiros de aplicação de campo altamente treinada trabalha junto aos VARs para proporcionar provas criativas de conceito, solucionar problemas técnicos complexos, facilitar integrações com terceiros e muito mais.
Faz pouco tempo, nos encontramos com Obinna Enemuoh, engenheiro de aplicação de campo, para conversar sobre o que está acontecendo no espaço de VARs, conhecer alguns de seus projetos favoritos até o momento, saber sua opinião sobre as últimas tendências do setor e muito mais. Este artigo também está disponível em inglês e espanhol.
Qual é a sua formação?
Sou engenheiro elétrico formado pela Universidade de Carleton. Mudei da Nigéria para cá em 2008 e participei de um programa pré-universitário antes de iniciar na Carleton.
Na sua opinião, a engenharia elétrica o ajudou como engenheiro de aplicação de campo?
Com certeza foi muito útil, mas eu diria que 80% do meu trabalho se concentra em software. Quando temos de depurar um conjunto de placa de circuito impresso ou usar um multímetro ou osciloscópio no laboratório, é uma mão na roda.
Então, você está tendo um bom aprendizado sobre engenharia de software em campo?
Sim, isso mesmo. Trabalho bastante com soluções de terminal de satélite, os quais são terminais programáveis, e é aqui onde atuo mais intensamente com programação de software.
Sendo um engenheiro elétrico formado, como você acabou ingressando na ORBCOMM?
Meu primeiro trabalho fora da faculdade foi no setor de semicondutores e depois me mudei para a fabricação. Fiquei muito empolgado quanto obtive a oportunidade de vir para a ORBCOMM por se tratar de IoT e comunicação máquina a máquina.
Ao olhar para os rumos do mundo atual, isto é, a digitalização, entendi que seria um cargo extremamente estratégico.
E por falar dos rumos do mundo, você está ajudando os VARs a incorporar essa tecnologia. Que valor sua equipe agrega aos VARs?
Estamos preparados para ouvir os problemas que eles estão tentando resolver. A partir daí, podemos sugerir as melhores soluções do nosso portfólio para que as utilizem. São recomendações do tipo “Muito bem, talvez vocês precisem de um terminal GT 1200” ou “Talvez vocês não precisem de um terminal de modo duplo”, e assim sugerimos a tecnologia adequada ao caso de uso.
Além disso, podemos oferecer provas de conceito e manter a comunicação com eles, deixar a porta aberta para que desenvolvam aplicações personalizadas por meio da nossa contribuição.
Você identificou casos de uso em destaque para os quais os VARs estão desenvolvendo soluções?
Não identifiquei e isso faz parte daquilo que gosto neste trabalho: as coisas mudam o tempo todo. Na maioria das vezes, os protocolos de comunicação são os mesmos; por exemplo, fiz muitos trabalhos com Modbus, mas, fora isso, cada novo projeto é totalmente diferente.
Quais são alguns dos maiores desafios com os quais os VARs se deparam atualmente em campo?
Vejo muitas empresas enfrentando dificuldades para obter os dados que estão produzindo. Com as nossas soluções, ajudamos essas empresas a reunir os dados e usá-los. Normalmente, falta a elas o back-end correto para acessá-los, o que acaba sendo um problema comum. Outro problema comum é integrar soluções de vários provedores. Muitas delas utilizam sensores e dispositivos de diferentes fabricantes e isso as leva a constantemente recorrer a um intermediário na comunicação entre diversos fabricantes e fornecedores.
E a forma de ajudá-las é saber como estabelecer a integração com esses dispositivos?
Sim, exatamente. Às vezes, fazemos contato com esses fornecedores e trabalhamos diretamente com eles para solucionar os problemas dos nossos clientes. Além disso, se o cliente enfrenta algum problema com a configuração desses dispositivos, nós entramos em ação.
Qual o seu projeto favorito até aqui?
Foi um realizado na Colômbia do qual gostei muito. Eles estavam tentando monitorar os níveis de gases e chamas e informar as mudanças nos estados. Foi algo desafiador, pois havia em torno de 69 diferentes sensores. Em nosso aplicativo Modbus 2, temos apenas 31 endereços distintos. Basicamente, tive de desenvolver meu próprio decodificador Modbus. Essa foi uma experiência sensacional para mim. Levou tempo, mas foi sem dúvida útil e posso hoje dizer que de fato compreendo o protocolo Modbus.
Além disso, eles nos deram uma demonstração ao vivo apresentando diferentes gases para o detector, o que nos permitiu ver o aplicativo em ação e gerar informes sobre as mudanças nos estados com eficácia. Vimos uma variedade de gases, como metano e propano, os quais apresentavam diferentes taxas de dissipação. O aplicativo teria de ser capaz de se ajustar e ser rápido o bastante para captar as mudanças de estado, levando em conta o tipo de gás e a taxa de dissipação.
Tem de ser algo muito inteligente, certo?
Sem dúvida.
Você mencionou a forma como os diferentes projetos aconteceram, mas existe algum setor que considere preferencial?
Para ser franco, não tenho um setor do qual eu goste tanto a ponto de considerá-lo favorito. Todos são interessantes a seu próprio modo. Isso me fez lembrar de outro projeto no qual o cliente desejava medir a turbidez de um rio. A intenção era avaliar o grau de pureza do rio e informar caso algum limite fosse ultrapassado. Se isso acontecesse, a ideia era soar um alarme e ativar uma lavagem. Tivemos de implementar a saída digital para iniciar a lavagem.
Mas, sim, adoro toda a diversidade existente nos projetos. De qualquer forma, uma tendência foi o projeto de turbidez com o aplicativo Modbus. O mesmo aconteceu com o projeto de monitoramento de gás na Colômbia.
Pensando em soluções, quais são, na sua opinião, as maiores oportunidades para os nossos VARs no futuro próximo?
Eu diria a análise de dados, pois, neste momento, podemos fornecer aos VARs grandes volumes de dados, mas acredito que, no futuro, o setor dará grande atenção à ciência da análise pelo fato de mais e mais empresas se beneficiarem com suas percepções.
Você afirmou ter realizado muitos trabalhos com produtos ST. Algum outro?
Trabalhei com a solução GT 1200 e também para a ORBCOMM Japão no ano passado.
Com o que você gosta mais de trabalhar? Alguma preferência?
Eu diria a série ST. São totalmente programáveis e isso me proporciona uma maior flexibilidade para usar a criatividade.
Com base na sua experiência em campo, qual seria o rumo do mercado de VARs?
Hoje, tudo envolve automação, certo? Na minha opinião, os VARs poderão se movimentar mais livremente de vertical para vertical e oferecer soluções mais omniverticais.
O que você gosta de fazer em seu tempo livre?
Sou personal trainer. Trabalho com isso e me dedico também ao setor imobiliário, além de ser criador de poodles.
Criador de poodles?!
Sim. Na verdade, há uns filhotinhos disponíveis. Eles têm cerca de cinco semanas de idade, então, daqui mais algumas semanas, estarão prontos para partir.
Você visita sempre sua terra natal, a Nigéria?
Sim, com certeza! Voltei lá em 2021 e planejo retornar para o Natal este mês.
Antes de encerrarmos, qual seria, na sua opinião, a qualidade característica mais importante que um engenheiro de aplicação de campo deveria ter?
Ser interpessoal. Ter a capacidade de conversar com as pessoas e se comunicar. A especialização técnica é importante, mas estamos nesse negócio para ajudar nossos clientes resolverem seus problemas.
Colin Withers is a Product Marketing Manager at ORBCOMM covering Value Added Resellers, Heavy Equipment, and Government. He has extensive experience in marketing, product management and strategy in the IoT, telecommunications and technology industries.